O Banco Mundial piorou a avaliação institucional que faz anualmente sobre as políticas económicas de Moçambique relativas a 2016, numa análise onde a gestão da dívida pública tem a nota mais baixa.

De acordo com a avaliação, Moçambique desceu de 3,5 pontos para 3,2 pontos, ainda assim 0,1 pontos acima da média da África subsariana, apesar da degradação no total dos 16 indicadores que constituem a Country and Policy Institutional Assessment (CPIA) relativa a 2016.

Esta avaliação institucional do país e das políticas é feita anualmente pelo Banco Mundial e recorre a quatro grandes linhas de avaliação – gestão económica, políticas estruturais, políticas para a inclusão social e equidade, e gestão do setor público e instituições.

É na gestão económica que Moçambique tem o valor mais baixo, com 3,0 pontos atribuídos, quando a média da África subsariana é de 3,2, ao passo que nos restantes três itens a avaliação é superior à média dos países desta região e praticamente igual à do ano passado.

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No total, tinha recebido no ano passado 3,2 pontos, contra 3,1 da média da região, ao passo que em 2015 tinha recebido 3,5 pontos, quando a média das nações da África subsaariana era de 3,2 pontos.

A avaliação de Moçambique está em queda desde 2013, mas como tinha uma base comparativamente alta, está ainda acima da média da África subsariana, que também viu a avaliação média descer.

Em julho, o Banco Mundial considerou que a economia moçambicana começava a mostrar sinais positivos, defendendo que o país devia apostar na consolidação orçamental para garantir um crescimento sustentável.

Numa visita ao país nas vésperas da divulgação do relatório sobre a economia de Moçambique, o diretor executivo do Banco Mundial, Andrew Bvumbe, disse que o crescimento do PIB podia chegar aos 4,5%, depois de ter tido em 2016 o desempenho mais baixo dos últimos anos, ficando-se nos 3,7%.

Durante a visita, o responsável anunciou ainda que, apesar do congelamento da ajuda institucional a Moçambique no seguimento do escândalo das dívidas escondidas, o Banco Mundial vai desembolsar nos próximos três anos 1,2 mil milhões de dólares para o país, visando o financiamento da agricultura, saúde, educação e infraestruturas.