A primeira materialização dos desenhos feitos pelos designers de um futuro modelo automóvel, até aqui realizada através da moldagem em barro, pode vir a ser feita, num futuro não muito distante, através de uma nova tecnologia que tem vindo a ser desenvolvida pela Ford e pela Microsoft. Chama-se HoloLens e, como o próprio nome deixa antever, passa pela aplicação da realidade virtual na materialização, também virtual, mas em tamanho real, dos futuros carros que, um dia, conduziremos.

A Ford procura assim, com o apoio da tecnológica de Redmond, proporcionar aos seus designers uma forma mais fácil de poderem não só ver materializado, como interagirem, com o modelo em que estão trabalhar. Visualizando não apenas as linhas exteriores, mas até mesmo o próprio interior.

Através deste método e utilizando pouco mais que um software específico e uns óculos de realidade virtual, os designers podem, inclusivamente, alterar formas. Observando, em seguida, o resultado final, das mais variadas perspectivas.

Embora só agora dada a conhecer, esta nova tecnologia tem vindo a ser testada há cerca de um ano, pela marca da oval, nos seus estúdios de Dearborn. Sendo que, fruto dos “bons resultados” alcançados, a Ford decidiu agora torná-la global; até pela vantagem que constitui colocar designers e engenheiros, distanciados entre si por vários milhares de quilómetros, a trabalhar em conjunto, dando indicações ou sugestões sobre o modelo que todos têm à sua frente.

“É certo que ainda não nos conseguimos teletransportar, mas a verdade é que as HoloLens permitem que engenheiros e designers espalhados pelo mundo, consigam ver, em simultâneo, imagens 3D em tamanho real”, afirma o responsável da Ford para as operações de design técnico, Craig Wetzel. “Até ao momento, pouco mais fizemos que abordar esta nova tecnologia pela rama, pelo que acreditamos que as potencialidades são quase ilimitadas. O que é muito excitante”, acrescenta.

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