É uma fórmula simples: vendem-se cada vez mais casas, por seu turno cada vez mais caras, sobem as receitas relativas aos impostos que taxam essas transações. Nos primeiros oito meses de 2017, o IMT (imposto municipal sobre transações) rendeu 564,6 milhões de euros, mais 109 milhões do que em igual período do ano passado, noticia esta terça-feira o Diário de Notícias. É uma subida de 24% — a quatro meses do final do ano.

Depois de em 2012 e 2013 as receitas geradas pelo IMT terem ficado abaixo dos 400 milhões de euros, nos últimos anos tem-se assistido ao seu crescimento, sendo já este o segundo imposto que mais dinheiro dá às autarquias, diz o mesmo jornal. A regra é válida para todas as câmaras municipais exceto uma: em Lisboa, o IMT, cobrado uma única vez, sobre o valor da venda ou sobre o valor patrimonial do respetivo imóvel (vale o que for mais elevado), e a todas as transações efetuadas acima dos 92 mil euros, já está desde 2014 no primeiro lugar dos impostos que mais dinheiro geram.

Habitação. Preço das casas atinge valores máximos desde mínimos de 2013

O crescimento do IMT foi acompanhado de uma subida, mais modesta, do IMI (imposto municipal sobre imóveis), cujas receitas aumentaram 1,3% desde o ano passado até ao mesmo período. No total, foram 1018 os milhões recebidos até julho passado sobre o IMI.

No Orçamento do Estado para 2017, o governo estimou que o IMT pudesse vir a render 649 milhões de euros. Se esta tendência de crescimento se mantiver, esse valor deve ser largamente ultrapassado.

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