A Daimler, a casa-mãe da Mercedes e da Smart, anunciou o investimento de mil milhões de dólares, aquilo a que os americanos teimam em chamar 1 billion, para produzir o seu novo SUV eléctrico nos EUA, mais precisamente nas instalações que já possui no Alabama. O investimento incluía ainda a construção de uma nova fábrica de baterias, no mesmo local, destinadas a alimentar o novo SUV, bem como futuros modelos da gama EQ, os eléctricos do grupo alemão.

Após o anúncio da Daimler, que ninguém contestou, seguiu-se uma série de notícias, até que o USA Today resolveu provocar o CEO da Tesla. E logo no Twitter, a rede social preferida de Musk. Num tweet, que servia como promoção à notícia que tinha publicado, o diário americano escreveu: “Mercedes aposta mil milhões de dólares em como consegue deitar abaixo a Tesla.” E isto foi a gota de água.

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Perfeitamente por dentro dos investimentos necessários para construir fábricas de baterias e linhas de produção de novos modelos, com novas plataformas e novos tipos de motorizações, neste caso eléctricas, o responsável da Tesla mordeu o isco, com anzol, carreto e cana. E, vai daí, disse que mil milhões de dólares não davam nem sequer para começar a fazer tudo aquilo a que a Mercedes se tinha proposto, chamando a atenção dos jornalistas para a discrepância entre o valor avançado e os objectivos definidos. Tudo com este tweet, em forma de ataque à marca alemã, afirmando que faltaria ali um zero:

A Daimler AG decide entrar na conversa e responde a Elon Musk, dando-lhe razão: “Tem toda a razão Elon Musk. Aqui vai o zero que faltava: vamos investir mais de 10 mil milhões na próxima geração de veículos eléctricos e mil milhões na produção de baterias.”

De caminho, os alemães desmentiram o seu próprio comunicado, dando razão à correcção sugerida pelo responsável da Tesla. Como se isto não bastasse, o tweet de Musk teve bastante mais impacto, com mais comentários, mais retweets e mais likes, face à resposta da Mercedes.

É possível que, no futuro, os Mercedes eléctricos venham a ultrapassar os Tesla, em termos de performances, qualidade, potência e autonomia. Mas, para já, a marca americana domina nos eléctricos e no… Twitter.