A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu esta quarta-feira em Alvaiázere que existe um “tormento” no setor da saúde, mas que é sentido pelos utentes.

Num jantar da candidatura de Nelson Paulino Silva à Câmara de Alvaiázere, Assunção Cristas recordou as palavras do secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado, que admitiu esta quarta-feira ser “um tormento” governar nas atuais circunstâncias, em que os vários profissionais da área têm apresentado reivindicações e protestos.

Secretário de Estado da Saúde: é “um tormento” governar nas atuais circunstâncias

Não sei se o primeiro-ministro já o chamou, se já lhe deu de novo a cartilha ou se já lhe explicou que para o Governo é tudo uma realidade cor-de-rosa e não há tormentos. Só há um país que está a progredir e que tudo corre bem. Ou se esse secretário de Estado tem ouvido o que é o tormento dos doentes, quando têm as cirurgias adiadas – e o Nelson [candidato à Câmara de Alvaiázere] sabe bem do que estou a falar – ou quando tem as consultas atrasadas”, sustentou a presidente do CDS-PP.

Assunção Cristas referiu ainda “as dívidas hospitalares que crescem”, acrescentando que “neste mês que passou cresceram ainda mais do que tem vindo a ser hábito”.

Quando há estas dívidas e há uma cirurgia para fazer e há material cirúrgico que é preciso chegar, o que a empresa fornecedora diz é que enquanto não pagarem a fatura pendente não enviam o material de que precisam. E o que é que acontece à cirurgia? É adiada”, argumentou.

Para Assunção Cristas, “estes adiamentos sucessivos”, assim como as reivindicações, tornam de facto o setor da saúde “num tormento, mas um tormento para os utentes, um tormento para os doentes e um tormento para tantos e tantos profissionais dedicados que esperam e desesperam pelo cumprimento de expectativas por parte do governo”.

Por isso, a líder do partido considerou que “estas são eleições importantes, porque há matérias que, ou se resolvem a nível local, da junta da freguesia e do município ou não se resolvem de todo”.

“Não basta trabalhar no parlamento nem no Governo, quando temos oportunidade, é preciso trabalhar na junta e na câmara”, concluiu.

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