A Hennes & Mauritz, grupo detentor da H&M, apresentou esta semana um relatório de contas com dados dos últimos nove meses. Com lucros aquém dos objetivos, Karl-Johan Persson, CEO do grupo, admite que a solução passa por reorganizar a rede de lojas. “Nos mercados onde estamos, o foco está na otimização do portefólio de lojas através de renegociação, reconstrução, relocalização, ajustamento da área de loja e também de encerramentos”, afirma Persson, num comunicado que acompanha o relatório.

Com a recente chegada ao Cazaquistão, à Colômbia, à Islândia e ao Vietname e com a abertura da primeira loja na Geórgia, ainda este ano, a H&M vai aumentar para 69 o número de mercados onde está presente. No entanto, a estratégia de expansão também inclui encerramentos. No próximo ano, o grupo prevê fechar cerca de 90 lojas no mundo inteiro. Atualmente, existem 30 lojas H&M em Portugal, num total 31 espaços do grupo, se contarmos com a loja das COS, em Lisboa.

No último trimestre (junho, julho e julho) as receitas caíram 20% em relação ao período homólogo do ano passado, um dos motivos pelos quais Persson admite que até agora, os objetivos de vendas para o ano de 2017 continuam por cumprir. Ao mesmo tempo, o CEO deposita esperanças na expansão do comércio online, que no final deste ano deverá estar presente em 43 mercados. “O cenário competitivo está a redefinir-se, chegam novos agentes e o comportamento e as expectativas dos clientes também estão a mudar, com uma fatia cada vez maior das vendas a acontecer online”, afirma o CEO.

Persson refere ainda uma quebra no número de pessoas a entrar nas lojas e, consequentemente, na acumulação de produto. “O nosso crescimento online na compensa completamente a redução no número de pessoas que entram nas lojas na maioria dos mercados onde estamos estabelecidos e isso fez com que o crescimento das vendas não tenha atingido os objetivos até agora. Isto é algo que não nos deixa satisfeitos e que, entre outras coisas, resultou em níveis e inventários demasiado altos no início do terceiro trimestre”, acrescenta.

O objetivo da marca é implementar a loja online em todos os países onde tem lojas físicas, ainda que sem prazos. No próximo ano, uma das grandes conquistas será a chegada do e-commerce à Índia, onde a Zara, principal concorrente da marca sueca, tem o lançamento da sua loja online previsto para o próximo dia 4 de outubro.

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