Um grupo de agentes da Guardia Civil entraram à paisana no Centro de Telecomunicações e Tecnologia da Informação (CCTI) do governo regional da Catalunha para suspender a atividade de 29 aplicações e programas informáticos que permitiam o voto eletrónico e que também promoviam informações sobre o referendo deste domingo.
Poucas horas depois, o porta-voz do Governo, Íñigo Méndez de Vigo, disse que “foi dado um golpe à organização do referendo ilegal” e sublinhou que a votação de amanhã “já foi anulada pelo Estado de direito”.
A visita aconteceu às 10h30 locais deste sábado (9h30 de Lisboa), depois de, na noite de sexta-feira. Não se pode falar numa surpresa, uma vez que já tinha sido entregue pela Guardia Civil uma notificação do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) em que era ordenada a suspensão daqueles programas.
Segundo o El Nacional, os agentes da Guardia Civil vão permanecer 48 horas nas instalações da CCTI para garantir que a ordem de suspensão daqueles programas informáticos é cumprido. O local está também a ser sobrevoado por um helicópetro da Guardia Civil.
Un helicòpter de la Guàrdia Civil sobrevola les instal•lacions del CTTI a l'Hospitalet de Llobregat #ReferendumRAC1 pic.twitter.com/z9ebrr7tbS
— Maria Cusó Serra (@MariaCuso) September 30, 2017
Os funcionários da CCTI, que é uma empresa pública do governo regional e que tem a cargo a pasta da cibersegurança, saíram do edifício em protesto, gritando “votaremos!”.