O vice-presidente do governo regional da Catalunha, Oriol Junqueras, defendeu hoje que se todos os catalães votarem no domingo, Mariano Rajoy e o PP “vão cair” e garantiu que “tem soluções” para realizar o referendo suspenso pelo Tribunal Constitucional.

Numa entrevista publicada hoje pelo jornal El Periódico, Oriol Junqueras assegura que um “triunfo do direito de voto e da democracia” na Catalunha será “a melhor” moção de censura ao Governo de Espanha.

“Os votos dos catalães serão a alavanca de mudança na Espanha. Se votarem todos os catalães, o PP vai cair”, defendeu o também responsável pela Economia da região.

O vice-presidente do governo catalão afirmou acreditar que o apoio das pessoas ao referendo “tem crescido” e advertiu contra “eventuais provocações” que poderão ocorrer no domingo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ocupações de assembleias de voto já começaram, polícia quer evacuá-las na madrugada de domingo

Entretanto, algumas das escolas designadas como assembleias de voto convidaram os cidadãos a tomarem o pequeno-almoço no domingo, apesar de a polícia ter ordens para desalojar as pessoas a partir das 6h00. Em comunicado, o chefe da polícia catalã disse aos agentes que lidera para evitarem o uso da violência.

Em algumas das escolas de Barcelona estão previstas celebrações do momento durante a tarde e noite de hoje com concertos musicais gratuitos, e estão a ser fornecidos sacos-de-cama para quem quiser dormir nas instalações onde decorrerão as votações.

Segundo a ordem de serviço oficial, a polícia catalã (Mossos d’Esquadra) deverá impedir a entrada dos agentes ou a identificação dos presentes, se houver pessoas concentradas no exterior ou no interior dos colégios eleitorais, além de comunicar a situação à central.

Em função do número de pessoas concentradas, da situação e da presença de responsáveis dos colégios com quem se possa dialogar, os Mossos poderão ativar mais recursos ou pedir a presença de outros corpos policiais como a Polícia Nacional ou a Guardia Civil.

O governo catalão marcou para 1 de outubro um referendo sobre a independência da Catalunha, declarado inválido pelo Tribunal Constitucional de Espanha.