As baterias de iões de lítio, as melhores da actualidade, mas ainda longe da eficiência e densidade energética de que os automóveis eléctricos necessitam, especialmente se desejam oferecer maior autonomia e uma rapidez de carga aceitável, não dependem apenas do lítio. A lista dos materiais fundamentais numa bateria é grande, sendo que há ligeiras diferenças entre as baterias de iões lítio utilizadas pelos diferentes construtores, sobretudo ao nível do cátodo.

Um dos materiais mais importantes é o cobalto, com uma série de finalidades, uma das quais é incrementar a densidade energética do acumulador. Talvez por isso, o Grupo Volkswagen, um dos construtores que está a apostar mais fortemente nos automóveis eléctricos – que vai começar a apresentar a partir de finais de 2019, com o objectivo de atingir os 3 milhões de veículos alimentados exclusivamente por baterias até 2025 –, está já a tentar reunir, junto dos principais produtores de cobalto, as reservas de que vai necessitar.

Hoje, o cobalto é o constituinte mais caro de uma bateria de iões de lítio, sendo proposto no mercado por valores que rondam os 27.000 dólares por tonelada, o que chega a ser o dobro do que se pede pelo lítio.

O maior produtor é a Glencore, a empresa anglo-suíça que coloca no mercado 28.000 toneladas por ano e que ainda recentemente assinou um acordo com os chineses da Contemporary Amperex Technology, para lhes fornecer 20.000 toneladas. Em termos de países, a República Democrática do Congo extrai cerca de 65% da produção mundial, seguida do Canadá, China, Rússia, Austrália e Zâmbia.

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