A REN registou o melhor setembro de sempre na produção eólica em Portugal, com uma subida de 28% para os 829 Gigawatt-hora (GWh), que compara com 647 GWh do período homólogo, segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais.

De acordo com dados da gestora da rede elétrica, o índice que mede a produtibilidade eólica atingiu 1,22, que é o maior registado num setembro, que normalmente é o mês com menor produção eólica.

Apesar do recorde na produção eólica, as fontes renováveis apenas abasteceram em setembro 33% do consumo de eletricidade e saldo exportador, devido à reduzida produção hidroelétrica, dado o período de seca que o país atravessa.

Nas não renováveis, que abasteceram os restantes 67% do consumo nacional, continua a destacar-se a produção a gás natural com 38%, enquanto as centrais a carvão abasteceram os restantes 28%.

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Em setembro, o consumo de eletricidade aumentou 0,2% face ao período homólogo do ano anterior, que corresponde a um crescimento de 3,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. Este crescimento ficou em linha com o verificado nos últimos meses. No final de setembro a variação cifrava-se 0,2%, ou 1,2% com correção de temperatura e dias úteis.

Nos primeiros nove meses, a produção renovável abasteceu 41% do consumo mais saldo exportador, com as centrais hidroelétricas a representarem 12% do consumo, as eólicas 22%, a biomassa 5% e as fotovoltaicas 2%. A produção não renovável abasteceu os restantes 59% do consumo, com as centrais a gás natural a representarem 34% e as centrais a carvão 25%. O saldo exportador registado de janeiro a setembro equivale a 9% do consumo nacional.

No mercado de gás natural mantém-se a tendência de crescimento, quer no segmento de produção de energia elétrica, quer no segmento convencional tendo-se registado em setembro uma variação global homóloga de 14%.

No final de setembro, o consumo de gás natural apresenta uma variação acumulada de 34%, resultado de um crescimento de 121% no mercado elétrico e de 5% no mercado convencional.