Anunciando uma revolução na relação com o cliente, o qual poderá passar a “construir” o seu próprio automóvel, através de um relacionamento directo com a fábrica – dispensando assim o papel do concessionário –, a Renault pretende apostar na digitalização e na conectividade para abrir as suas fábricas ao mundo. Permitindo, apesar dos condicionalismos impostos pela produção em massa, uma maior e melhor personalização dos seus automóveis, consoante os gostos de cada cliente. Como?

Segundo a marca francesa, para que esta revolução aconteça, será preciso tornar as fábricas em instalações inteligentes, cada uma com o seu Wi-Fi e aplicações online específicas, através das quais qualquer potencial cliente poderá comunicar com a infra-estrutura. Onde, por sua vez, tanto os trabalhadores como os supervisores possuirão tablets onde recebem toda a informação e especificações em tempo real, fazendo os ajustamentos necessários na linha de produção.

Ainda de acordo com as informações divulgadas pela Renault, que já se encontra a trabalhar nesta última solução, a conclusão é de que os tablets conseguem poupar cerca de 90 minutos por dia de trabalho, a cada supervisor.

Uma vez recebida a ordem de encomenda, a fábrica poderá fazer um veículo exactamente à imagem daquilo que o cliente pretende, com todos os componentes de personalização requeridos pelo futuro proprietário. E este, confortavelmente instalado em casa, poderá assistir à montagem do seu futuro automóvel, com a garantia de que, em caso de alguma falha no sistema, existem equipas especializadas capazes de resolver, no imediato, a questão.

Terminado o fabrico da viatura, o cliente recebe então uma notificação, comunicando-lhe que o carro está pronto para entrega.

Prometendo ser o futuro da indústria automóvel, esta nova realidade levanta uma interrogação: então e os concessionários? Simplesmente desaparecem de cena, ou ficam apenas responsáveis pelas reparações?

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