O Ministério das Finanças afirmou esta sexta-feira que a Comissão Europeia confirma a dinâmica de crescimento económico recente acima das atuais projeções, tendo sido obrigado a corrigir por duas vezes o seu comentário ao relatório publicado esta sexta-feira.

“A Comissão confirma que a dinâmica de crescimento económico recente, assente na aceleração das exportações e do investimento, supera as atuais projeções da Comissão. É também destacado o forte ritmo de criação de emprego (3.2% no primeiro semestre de 2017, em termos homólogos), a redução da taxa de desemprego para 9,3% no segundo trimestre de 2017, e o crescimento da população ativa (0,8% no primeiro semestre de 2017, em termos homólogos)”, diz o comunicado corrigido do Ministério das Finanças.

Inicialmente, o Ministério das Finanças havia avançado que a Comissão Europeia teria revisto em alta a meta de crescimento económico para 2,8% e que tinha revisto em baixa a previsão para o défice. O erro, assumido por fonte oficial do Ministério das Finanças, em relação à revisão das previsões que não acontece desde maio, foi corrigido num segundo comunicado.

No entanto, o Ministério manteve que a meta do défice tinha sido revista, algo que também não aconteceu. Num terceiro comunicado, o gabinete de Mário Centeno esclareceu que quando diz que a previsão para o défice foi revista estaria a comparar com o relatório da quinta avaliação pós-programa.

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Mas, tal como é o caso no relatório publicado esta sexta-feira, o da quinta avaliação pós-programa também não dispõe de previsões próprias. A referência nesse caso são as previsões de Inverno da Comissão Europeia, publicadas em fevereiro de 2017, com o relatório da quinta avaliação a limitar-se a republicar os mesmos números.

O comunicado inicial foi preparado antes da divulgação pública do relatório esta sexta-feira, uma vez que o Governo recebe com alguma antecedência os documentos em causa.

A Comissão irá rever as suas projeções para a economia portuguesa, e para as restantes economias europeias, no início de novembro, quando publicar o Boletim Económico do Outono.