Um grupo farmacêutico internacional pretende investir quase 14 milhões de euros em Angola, prevendo aumentar o fornecimento de medicamentos à população, segundo o contrato de investimento privado com o Estado, a que a Lusa teve acesso.

A Shalina Healthcare, um grupo farmacêutico com sede no Reino Unido, centro de operações no Dubai e fábricas na Índia e na China, lidera este investimento, que prevê a compra da Africa Pharmacy, uma empresa angolana que desde 2002 distribui medicamentos e produtos farmacêuticos, possuindo 10 armazéns em todo o país. Além disso, o contrato com a Unidade Técnica para o Investimento Privado, prevê a construção, implementação e exploração de um novo centro de distribuição de produtos farmacêuticos na província de Luanda.

A Shalina Healthcare é líder de mercado na produção e distribuição de produtos farmacêuticos e medicamentos a preços acessíveis no mercado africano, onde opera há mais de 30 anos. Este projeto conta com um prazo de implementação de 36 meses e um investimento global de 16,2 milhões de dólares (13,7 milhões de euros), permitindo criar 55 novos postos de trabalho para cidadãos nacionais e cinco para estrangeiros, além da manutenção dos atuais 131 empregos na Africa Pharmacy.

Os promotores garantem que o investimento vai promover o “bem-estar da população”, através do “fornecimento de uma gama mais vasta de medicamentos e outros produtos de saúde com elevados padrões de qualidade no mercado nacional”, mas também “aumentar a eficiência da cadeia de abastecimento de produtos farmacêuticos e, consequentemente, promover a oferta interna eficaz”.

O contrato de investimento prevê a aquisição de 99% do capital social da empresa Africa Pharmacy pela Shalina Healthcare e 1% pela Afinco, estimando em simultâneo a geração de um valor acrescentado bruto acumulado do negócio de 147,5 milhões de dólares (125 milhões de euros) até 2024.

Face ao volume do investimento previsto, a UTIP atribuiu benefícios fiscais aos promotores, como a redução de 22,5% no pagamento de impostos Industrial, sobre Aplicação de Capitais e de Sisa, durante um período de quatro anos.

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