Quem chega aos arredores da cidade do Cairo não imagina que no local começaram a surgir milhares de fragmentos de um colosso do faraó Psamtik I que desde o início do ano tem emergido da lama no bairro de Matariya. A equipa de investigadores alemães e egípcios já recolheu e identificou 1920 peças.

Três dedos e partes da saia real são alguns dos pormenores recolhidos do monarca (que viveu entre 664 e 610 a.C). Durante o seu reinado, o Egipto deixou de estar sujeito ao império assírio e recuperou alguns dos seus laços estrangeiros.

As duas primeiras peças foram recuperadas em Suq al Khamis no início do ano, a três metros de profundidade e no meio das ruínas de Heliópolis, a capital dedicada ao deus do Sol, Ra, e um dos mais importantes locais de culto do Antigo Egipto.

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Até agora, os fragmentos foram retirados com muito esforço e até com a intervenção do exército egípcio. Um torso do colosso foi recuperado em toda a sua envergadura (8 metros).

Estudos preliminares sugerem que cerca de 2000 peças serão encontradas na próxima época arqueológica. A equipa composta por especialistas egípcios e alemães das universidades de Leipzig e Mainz permitiu chegar a algumas conclusões sobre o aspeto físico do faraó. Uma placa com o seu nome permitiu identificá-lo, após dúvidas de que poderia ser Ramsés II.