Os empréstimos concedidos pelos bancos às famílias para habitação e às empresas diminuíram em agosto para 2,3% e 2,6%, respetivamente, enquanto os empréstimos ao consumo aumentaram 9,5%, divulgou esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP).

Em agosto de 2017, os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras e a particulares (habitação) continuaram a apresentar taxas de variação anual negativas, que se situaram em -2,6% e -2,3%, respetivamente, por comparação com -3,2% e -2,4% registadas em julho”, afirma o BdP.

De acordo com o banco central, a taxa de variação anual de empréstimos a particulares destinados ao consumo em agosto foi de 9,5%, superior à de 9% em julho deste ano.

Já os depósitos de particulares nos bancos residentes em Portugal totalizavam 138,2 mil milhões de euros no final de agosto de 2017, refletindo uma variação anual negativa de -1,7%, que compara com -1,6% observados em julho.

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“A evolução nos depósitos de particulares foi influenciada por aplicações em outros instrumentos de poupança, nomeadamente pela subscrição, em agosto, de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV)”, explica o BdP.

Os depósitos das empresas aumentaram 9,3% em agosto, o que compara com um crescimento de 12,7% em julho.

O banco central divulgou também que, em agosto de 2017, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a empresas foi de 2,75%, “o que representa um aumento de três pontos base em relação a julho”, e que o volume de novos empréstimos concedidos a empresas foi de 2.045 milhões de euros, inferior aos 2.553 milhões de euros registados em julho”.

Nas novas operações de empréstimos a particulares para habitação, a taxa de juro média foi de 1,60%, por comparação com 1,59% registado em julho. “No crédito ao consumo e no crédito para outros fins, as taxas de juro médias foram de 7,44% e de 3,51%, respetivamente, que comparam com 7,40% e 3,77% verificadas em julho”, afirma o BdP.

Os volumes de novas operações de empréstimos para habitação, consumo e outros fins totalizaram, respetivamente, 709 milhões, 349 milhões e 147 milhões de euros.

Por outro lado, a taxa de juro média dos novos depósitos, até um ano, de empresas fixou-se em 0,24%, 4 pontos base acima da verificada em julho, e de particulares ficou também nos 0,24%, mas três pontos base abaixo da observada em julho, “correspondendo a um novo mínimo histórico”.