Fernando Santos era um homem visivelmente emocionado no final do jogo onde Portugal carimbou a presença no Campeonato do Mundo da Rússia, após vencer a Suíça por 2-0. Até porque… era dia de aniversário.

No Fernando, nós confiamos. E a Seleção está no Mundial com Santos mas sem milagres

“Tenho muita confiança nos meus jogadores e graças a Deus aconteceu. Há 63 anos nasci, hoje deram-me esta prenda. Os meus jogadores trabalharam e lutaram muito. Como estou farto de dizer, com esta qualidade e organização está-se mais perto de ganhar”, comentou o selecionador da zona de entrevistas rápidas, antes de fazer uma análise a um triunfo que considerou justo contra uma equipa que ainda só tinha ganho até ao momento.

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“Muitas vezes confunde-se o jogar bonito e o jogar feio. Sempre disse que para ganhar é preciso jogar bem e mais uma vez voltámos a jogar bem, com a equipa muito bem organizada e bom controlo de bola, mesmo sem correr tudo como queríamos durante os 90 minutos. Mas hoje Portugal mostrou que tem qualidade e que pode lutar contra qualquer equipa sempre com o mesmo objetivo”, destacou Fernando Santos.

E agora, o que se pode esperar do Mundial? “Não posso fazer promessas a esta distância da prova… Fé? Sou cristão, acredito em Deus, no seu filho e no Espírito Santo, mas isso é a minha fé, a minha convicção religiosa. Aqui acredito nos meus jogadores e no que podem fazer como equipa. É isso que lhes transmito e acho que há muito tempo que eles confiam nisso. É essa união que todos temos que tem resultado”, concluiu o aniversariante que alcançou a quarta qualificação seguida entre Europeus e Mundiais pela Grécia e por Portugal.

Na conferência de imprensa, pouco depois, Fernando Santos foi mais longe nos elogios ao conjunto nacional, destacando também os dois principais artilheiros de Portugal: Cristiano Ronaldo e André Silva.

“Esta equipa é uma das melhores de sempre de Portugal. O Cristiano Ronaldo e o André Silva são dois goleadores, dois grandes concretizadores. Um é o melhor do mundo e marca sempre golos, o outro é um jovem que está a aparecer e que tem feito golos com alguma regularidade, principalmente aqui na Seleção. Mas tudo isto é fruto de um trabalho coletivo”, salientou, prosseguindo: “A jogada do segundo golo foi brilhante, é um compêndio do futebol. A partir daí a Suíça foi perdendo a sua força e nós mantivemo-nos com muita sobriedade. Podíamos ter feito o 3-0, mas o resultado é justo e a qualificação de Portugal também é justa”.