Questionado sobre uma intimação judicial que terá sido feita à sua campanha eleitoral para que forneça documentos relacionados com alegações de assédio sexual feitas contra si, Donald Trump foi esta segunda-feira, em conferência de imprensa na Casa Branca, taxativo: “notícias falsas”. Todas as alegações que existam sobre eventuais ataques sexuais levados a cabo por si são isso mesmo, “notícias falsas”, garante o presidente dos Estados Unidos.

“Tudo o que posso dizer é que são notícias completamente falsas — apenas falsas. É falso. É fabricado. E é vergonhoso que aconteça”, disse Trump. Que acrescentou também que “isto acontece no mundo da política”.

Durante a campanha eleitoral para as presidenciais de 2016, Trump foi alvo de várias acusações de assédio e ataque sexual.

A questão voltou a surgir na vaga de alegações de assédio e ataque sexual contra uma das principais figuras de Hollywood, Harvey Weinstein, que as teria protagonizado ao longo de décadas. Weinstein foi despedido da empresa de produção cinematográfica que ajudou a criar.

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Segundo o site BuzzFeed News o processo de injunção foi emitido em março, já depois de Trump ter sido investido presidente dos EUA, e sucedeu-se a uma queixa por difamação depositada por Summer Zervos, uma antiga candidata do ‘reality show’ “The Apprentice”, apresentado durante várias temporadas por Trump.

Zervos garante que Donald Trump, em 2007, na altura em que era apenas um rico homem de negócios/apresentador de televisão, a beijou duas vezes nos lábios, durante o almoço de trabalho que tiveram no escritório dele, em Nova Iorque; e que noutra ocasião, em Beverly Hills, ele a “beijou agressivamente e tocou no seu peito”, diz a CNN.

A ordem judicial emitida à equipa de campanha eleitoral de Trump obriga-a a entregar à justiça o conjunto dos documentos, que tivesse em seu poder, a ligados a “qualquer acusação” feita ao então candidato republicano e reprovação por “ter submetido” uma mulher “a contactos sexuais não consentidos e/ou a comportamentos sexuais desapropriados”.