O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, denunciou esta segunda-feira que a União Europeia (UE) está a preparar um plano para questionar os resultados das eleições regionais de domingo e atacar a democracia venezuelana.
Tal como advertimos, a UE e alguns dos seus Estados membros, subordinados a Trump (Donald, Presidente dos EUA) questionam a vontade do povo venezuelano”, escreveu na sua conta na rede social Twitter.
Tal como advertimos el viernes, la UE y algunos de sus Estados miembros (subordinados a Trump), cuestionan la voluntad del Pueblo Venezolano
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) October 16, 2017
Segundo Jorge Arreaza “comprova-se assim o plano traiçoeiro e desesperado, concebido nas capitais europeias dias antes das eleições, para atacar” a democracia venezuelana. “Gostariam, na Europa, de contar com uma democracia real, onde os seus povos possam eleger livremente entre projetos realmente opostos”, escreveu.
Quisieran en Europa contar con una Democracia real, donde sus pueblos puedan elegir librebremente entre proyectos realmente contrapuestos
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) October 16, 2017
Numa outra mensagem o ministro venezuelano refere-se à transparência e fiabilidade do sistema eleitoral da Venezuela. “Também gostariam, nesses países, contar com um sistema eleitoral como o venezuelano, absolutamente auditável em todos os seus processos”, defendeu.
También quisieran en esos países contar con un sistema electoral como el Venezolano, absolutamente auditable en todos sus procesos
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) October 16, 2017
Segundo a imprensa venezuelana, a UE está a preparar sanções contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro e seus ministros.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no Governo) conquistou, nas eleições regionais de domingo, 17 dos 23 cargos de governadores de estado, tendo o Presidente, Nicolás Maduro, defendido que se tratou de uma “vitória nítida” para o regime, que conquistou 75% dos cargos de governador em disputa.
No entanto, a aliança opositora venezuelana Mesa de Unidade Democrática (MUD) anunciou esta segunda-feira que rejeita os resultados.
Nem a Venezuela nem o mundo acreditam nesse conto que nos contaram. Solicitámos aos comandos regionais que verifiquem todo o processo, que se audite tudo, inclusive nos Estados em que candidatos da Unidade (oposição) foram declarados vencedores”, disse o porta-voz da MUD, Gerardo Blyde.