A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) não destacava esta terça-feira, pelas 5h00, qualquer incêndio em evolução na página na Internet, depois de, no domingo, centenas de fogos terem deflagrado e causado pelo menos 36 mortos.

O portal da ANPC não listava, pela mesma hora, qualquer ocorrência importante e na lista total de incêndios, que inclui os fogos de menor dimensão, apenas são destacados incêndios dominados (sete) ou em conclusão (51). No terreno estão ainda, em todo o país, 3.313 operacionais, apoiados por 981 meios terrestres.

A chegada da chuva a algumas zonas do país terá ajudado no combate aos fogos que, ao início desta madrugada, ardiam no norte e no centro. Pela 01:30, a ANPC dava conta de 12 incêndios de maior dimensão.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos, sete desaparecidos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

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O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios. Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

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