A Feedzai, startup portuguesa que aposta no combate à fraude eletrónica, recebeu 50 milhões de dólares (42,4 milhões de euros) numa ronda de investimento Série C, promovida pela Sapphire Ventures e por outro investidor que não foi revelado. No total, a Feedzai já contabiliza 82 milhões de dólares (69,4 milhões) de investimento, anunciou esta terça-feira em comunicado.

É a primeira empresa portuguesa a fechar um valor tão elevado numa ronda Série C. Na mesma ronda, a multimilionária Farfetch, por exemplo, recebeu 20 milhões.

“A nossa visão é ajudar todos os principais bancos e empresas que impulsionam grande parte do dinheiro que é movimentado em todo o mundo”, explica Nuno Sebastião, presidente executivo e cofundador da Feedzai, acrescentando que a nova ronda de financiamento vai ajudar a acelerar o crescimento enquanto a empresa continua a investir “nos melhores profissionais e na mais avançada tecnologia de data science e machine learning, para tornar a banca e o comércio seguro em todo o mundo”.

Entre as instituições financeiras mundiais que já utilizam a tecnologia portuguesa estão o Citi, a Capital One, e a First Data, entre outras.

Valor dos contratos da Feedzai duplica em 2016 para 123 milhões de euros

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Com este investimento, a Feedzai prevê mais do que publicar o número de colaboradores com que terminou 2016 e totalizar 300 funcionários até ao final do ano. “A fraude é e continuará a ser uma questão crítica à medida que mais negócios são transacionados digitalmente”, afirma Anders Ranum, investidor na Sapphire Ventures.

No início do ano, a empresa voltou a integrar a lista das 50 empresas com maior potencial na Europa, o Tech Tour, tendo sido considerada o único “potencial unicórnio” (empresa avaliada em mais de mil milhões de dólares) português. A entrada em 2016 marcou a estreia de uma empresa portuguesa no ranking.

Feedzai no top 50 das empresas que mais crescem na Europa

A Feedzai foi lançada por Paulo Marques, Nuno Sebastião e Pedro Bizarro em 2009 e conta com escritórios em Lisboa, Porto, Coimbra, Silicon Valley, Nova Iorque e no Reino Unido.