Mariano Rajoy anunciou esta sexta-feira que conseguira alcançar acordos com o PSOE e com o Ciudadanos para “devolver a legalidade à Catalunha”, embora não tenha anunciado mais detalhes sobre o que está preparado para o Conselho de Ministros Extraordinário deste sábado, onde deverá ser ativado o artigo 155 da Constituição. Ao final da tarde, e no discurso realizado na entrega dos Prémios Princesa de Astúrias 2017, o rei Felipe VI abordou também a questão, assegurando que “a Catalunha é e será uma parte essencial do século XXI”.

“Existe uma inaceitável intenção de cessação numa parte do território nacional, que será resolvido por meio das legítimas instituições democráticas, dentro do respeito pela nossa Constituição e atendendo aos valores e princípios da democracia parlamentar em que vivemos há 39 anos”, referiu no discurso acompanhado pelo El País.

“Nenhum projeto de progresso e liberdade se sustenta na divisão da sociedade, das famílias e dos amigos. Nenhum projeto deve conduzir ao isolamento ou empobrecimento de um povo. Deve ser leal e solidário com os esforços e sentimentos, afetos e projetos e dentro de uma grande realidade que é a Europa. A Catalunha é e será uma parte essencial da Espanha do século XXI”, reforçou também Felipe na parte final da cerimónia.

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“Estes tempos duros e difíceis que vivemos são tempos para a responsabilidade. Os nossos cidadãos merecem isso”, resumiu no final do discurso acompanhado por todos os meios de comunicação espanhol e que teve três grandes figuras presentes no plano da “mensagem política” passada: o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker; o presidente do Parlamento Europeu, António Tajani; e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

O evento que decorreu no Teatro Campoamor de Oviedo distinguiu as seguintes pessoas ou personalidades: União Europeia (prémio Concórdia), Grupo LIGO (Investigação Científica), Adam Zagajewski (Letras), Karen Armstrong (Ciências Sociais), equipa de râguebi da Nova Zelândia “All Blacks” (Desporto), Sociedade Hispano-Americana (Cooperação Internacional), Les Luthiers (Comunicação e Humanidades) e William Kentridge (Artes).