O risco de incêndio volta a aumentar a partir deste sábado e permanecerá até pelo menos até quarta-feira devido à previsão de tempo seco e subida de temperatura, informou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). “O risco de incêndio volta a aumentar já a partir de dia 21, e pelo menos até dia 25 de outubro”, lê-se num comunicado do IPMA, que precisou que, entre domingo e quarta-feira, prevê-se um “novo período de tempo seco, sem precipitação”.

29 concelhos em risco de incêndio — em cinco deles, todos no Algarve, esse perigo é considerado elevado. Para além de Loulé, Tavira, Castro Marim, Alcoutim e São Brás de Alportel, há outros oito concelhos algarvios em risco moderado de incêndio. Os restantes 16 municípios em risco espalham-se pelos distritos de Bragança, Guarda, Aveiro, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Beja.

A partir de domingo “deverá ocorrer uma subida gradual dos valores da temperatura do ar”, prevendo-se que os valores máximos fiquem acima dos valores médios para a segunda quinzena de outubro “na generalidade do território, com valores que a partir de dia 24 deverão atingir no máximo 25° a 30°C”. Já os valores da humidade relativa do ar deverão ficar abaixo de 40% no período da tarde em grande parte do país, especialmente no interior.

A ANPC salientou que “o país atravessa um já longo período de seca e, além disso, existe grande quantidade de material combustível acumulado e suscetível de arder rápida e violentamente nos espaços florestais”. Neste sentido, a ANPC afirma que até ao final do mês vigora o “período crítico”, pelo que não é permitido “realizar queimadas de fogueiras para recreio ou lazer ou para confeção de alimentos”, “utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados a iluminação ou a confeção de alimentos”, ou “queimar matos cortados e amontoados, bem como qualquer outro tipo de sobrantes de exploração”.

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Também não é permitido “lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes, fumar ou fazer lume de qualquer tipo nos espaços florestais e vias de atravessamento ou circundantes”, e “fumigar ou desinfestar apiários com utensílios que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas”.

Aconselha a ANPC a “manter as máquinas e equipamentos limpos de óleos e poeiras”, “abastecer as máquinas a frio e em local com pouca vegetação”, e “guardar todo o cuidado com as faíscas aquando do seu manuseamento, evitando a sua utilização durante os períodos de maior calor”.

Meios de combate reforçados

Com base nas previsões do IPMA, a Autoridade Nacional de Proteção Civil lançou este sábado um “aviso à população”, referindo que “devido ao agravamento das condições meteorológicas, com uma subida da temperatura”, reúnem-se as “condições favoráveis à ocorrência e propagação de incêndios florestais”.

À TSF, Patrícia Gaspar, porta-voz da Proteção Civil, garantiu que foram já emitidos alertas para alguns distritos, que os meios de combate foram reforçados e que estão criados também pré-alertas, nomeadamente para o mecanismo europeu de proteção civil.

Artigo atualizado pela última vez às 16h44