O presidente da estrutura de missão que vai repensar o combate aos fogos tomou posse esta terça-feira e tem pouco mais de um ano para envolver diversas entidades e especialistas na criação de um sistema integrado de prevenção e combate.

Tiago Martins Oliveira invocou a sua experiência como sapador florestal, além de engenheiro florestal, para afirmar que acredita ser “possível fazer melhor”, ser “mais eficiente” e, com uma estratégia colaborativa, “envolver as partes interessadas contra um inimigo comum”.

“Durante os próximos meses estaremos focados em contribuir em que o ICNF, a ANPC e a GNR construam este sistema, assegurando que daqui a um ano ele seja avaliado, dotado de mecanismos de aprendizagem e capaz de melhorar sucessivamente”, afirmou, em declarações aos jornalistas, após a cerimónia de tomada de posse, realizada na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

No entanto, para o especialista, “as causas do problema são antigas e, portanto, vai levar tempo a corrigir”.

“O problema é regionalmente diferenciado, multiparticipado e, portanto, são diversas as soluções consoante o perfil de risco, os ativos e a capacidade local de assumir por si a questão desse mesmo risco”, disse, explicando que “será necessário ter uma estratégia global, mas contando com os atores a nível local”.

“A urgência de reduzir as ocorrências passa pela mudança de comportamentos em relação à floresta e as práticas de risco, o que exigirá educar a população estudantil através de um programa dedicado, mas também chegar a outros públicos menos jovens, como a população rural, envelhecida”, sublinhou.

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