Cerca de 21,5% das pessoas que estavam de baixa por doença entre janeiro e setembro deste ano e que foram chamadas a juntas médicas foram consideradas aptas para trabalhar, revelou à Lusa fonte oficial do Ministério da Segurança Social.

A mesma fonte adiantou, porém, que nem todas as situações podem ser consideradas fraude.

A secretária de Estado da Segurança Social revelou no Parlamento que, até setembro, foram realizadas 224.796 juntas médicas, mais do que em todo o ano de 2014 e tantas quantas as efetuadas em 2015.

Cláudia Joaquim falava perante os deputados das comissões de Orçamento, Finanças e de Trabalho, onde foi apresentado o Orçamento da Segurança Social para 2018.

Fonte oficial do Ministério de Vieira da Silva disse depois à Lusa que, “cerca de 21,5% das verificações efetuadas em 2017 correspondem a situações consideradas aptas para o trabalho”.

No Parlamento, a secretária de Estado lembrou que em 2016 já tinha havido um reforço da fiscalização aos subsídios por doença e sublinhou que o serviço de verificação das incapacidades temporárias está “a recuperar de quatro anos de perdas” de recursos.

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, já tinha anunciado que a fiscalização às baixas por doença vai ser melhorada e que haverá novos critérios de controlo para que o combate à fraude seja mais eficaz.

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