Apelando à “história de sucesso sem interrupções” entre Portugal e o Reino Unido, Boris Johnson, ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, pediu esta sexta-feira ao governo português, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo Augusto Santos Silva, ajuda para acelerar as negociações do Brexit com a União Europeia.

Bem-humorado, para legitimar o pedido fez referência à “conceção intelectual” do James Bond de Ian Fleming no Estoril e ao Tratado de Windsor, celebrado por Portugal em Inglaterra em 1386, e não mascarou as críticas à união dos 27: “Temos de chegar a um acordo, mas não conseguimos chegar lá com os atrasos dos nossos parceiros europeus”.

Augusto Santos Silva, por seu turno, assegurou que com a saída do Reino Unido da União Europeia as relações entre os dois países só podem ficar melhores: “O Brexit não será o colapso da aliança, pelo contrário, vai aumentar a responsabilidade para melhorar as nossas relações bilaterais”. E exemplificou: “No primeiro semestre o investimento britânico em Portugal subiu muito e esperamos que continue a subir”.

Tudo boas notícias, avaliou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, defensor assumido do “comércio livre”: “O que é bom para Portugal é bom para o Reino Unido”.

Johnson, que esta sexta-feira esteve esteve no Museu da Eletricidade para um encontro com políticos, empresários, jornalistas, militares e diplomatas, fez ainda questão de sossegar os portugueses (e não só) atualmente a viver e trabalhar no Reino Unido. “Não consigo imaginar um cenário em que esses cidadãos serão obrigados a sair. É inimaginável”.

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