A primeira-ministra britânica apelou a todas as empresas que publiquem informação sobre a diferença salarial entre homens e mulheres. Theresa May tem procurado promover a igualdade no local de trabalho e o seu governo já introduziu a exigência legal de todas as empresas com mais de 250 trabalhadores divulgarem publicamente os pagamentos de prémios de gestão por género até abril do próximo ano.

Agora, May lança um apelo para que também as empresas de menor dimensão divulguem essa informação. A líder do Governo britânico defende ainda que todos os empregos devem ser anunciados como flexíveis, permitindo às pessoas ajustar o seu horário e trabalhar em casa, a não ser que exista um motivo forte para isso não acontecer.

O órgão de estatísticas britânico, citado pela agência Bloomberg, diz que a diferença salarial entre homens e mulheres aumentou em 2017 para 18,4%, contra 18,2% no ano passado. Esta diferença salarial não vai desaparecer por si só, defende Theresa May numa resposta enviada por mail. “Temos de ver um verdadeiro salto de mudança no número de empresas que publicam as diferenças salariais por género e que oferecem progressão e flexibilidade a todos os trabalhadores”.

Em Portugal, as empresas não divulgam o gap salarial entre homens e mulheres. Os últimos dados do Eurostat para 2015 mostram que a diferença média entre homens e mulheres saltou para 17,8%, quando em 2014 era de 14,9%.

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Este ano foi aprovada uma lei que impõe quotas de um terço para as mulheres nos órgãos de administração e fiscalização das empresas públicas e das empresas privadas que fazem parte do índice PSI 20, que reúne as maiores sociedades negociadas na bolsa de Lisboa. A percentagem mínima começa nos 20% até chegar aos 33,3% em 2020.

Marcelo promulga lei das quotas de género