O ministro da Agricultura apelou esta sexta-feira à obtenção de consenso em torno da reforma da proteção civil e da reforma da floresta, indispensável para evitar catástrofes como os incêndios de Pedrogão Grande.

“Não é possível evitar catástrofes [como a de Pedrogão Grande] no futuro sem que estas duas reformas avancem”, defendeu Luís Capoulas Santos.

O governante falava no encerramento do debate sobre o Relatório da Comissão Técnica Independente para a análise e apuramento dos factos relativos aos incêndios que ocorreram em Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Góis, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Sertã entre 17 e 24 de junho de 2017 e que causaram 64 mortos.

Capoulas Santos lançou um apelo ao consenso para as reformas da proteção civil e da floresta, lamentando “o azedume” do PSD relacionado com as críticas à atuação do Governo, “mesmo nestas circunstâncias”.

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Queria voltar a apelar para que, perante um problema que a todos verga e envergonha, seja possível aquilo que o país exige de nós: que tragédias como estas não voltem a repetir-se”, salientou.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural recordou que o Presidente da República tem insistido na necessidade de um pacto de regime para enfrentar o problema dos incêndios florestais.

Dirigindo-se às dezenas de familiares e amigos das vítimas dos incêndios de Pedrogão Grande, Capoulas Santos lamentou as mortes.

“O melhor que podemos fazer para homenagear a sua memória é reparar os danos” o mais rápido possível, afirmou.

Também o Presidente da Assembleia da República dirigiu algumas palavras aos familiares e amigos das vítimas que assistiram ao debate em silêncio, a partir das galerias do parlamento.

Nas galerias também estavam os técnicos que elaboraram o relatório da comissão independente a quem Ferro Rodrigues agradeceu o trabalho.