O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou esta quinta-feira como “emergência de saúde pública” o consumo de analgésicos opiáceos no país, uma substância que causou a morte de 64 mil pessoas no ano passado. “De maneira efetiva, a partir de hoje, o meu governo declara a epidemia de opiáceos como uma emergência de saúde pública”, disse Trump, acerca daquela que é a pior crise de consumo dessa substância da “história da humanidade”.

As declarações do Presidente norte-americano surgiram durante uma cerimónia na Casa Branca, e permitem que haja mais fundos a nível estatal e federal para a luta contra a dependência de substâncias como OxyContin ou Vicodin, que levam muitos americanos a consumir, posteriormente, heroína.

Donald Trump assinou esta quinta-feira um memorando presidencial no qual encarrega o secretário do Departamento da Saúde e dos Serviços Humanos, Eric Hargan, dessa declaração e na qual pede ainda a todas as agências governamentais que deem prioridade à luta contra os opiáceos.

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Segundo dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), citados por Donald Trump, 64.000 pessoas morreram no ano passado por ‘overdose’ de opiáceos, incluindo heroína, nos Estados Unidos, o que supõe 175 mortes por dia e 7 vítimas mortais a cada hora.

Segundo o líder americano, “90% da heroína” chega aos Estados Unidos a partir da fronteira com o México, onde prometeu que construirá um muro que “terá um grande impacto”. Na cerimónia na Casa Branca, Trump esteve acompanhado pela primeira-dama, Melania, por pais que perderam os filhos para a toxicodependência, e ainda por membros da polícia que lutam contra o tráfico de drogas.

A declaração de “emergência de saúde pública” durará 90 dias, mas pode ser renovada indefinidamente.