A preparar uma nova regulamentação em termos de emissões de gases de escape, para implementar já a partir de 2020, a Comissão Europeia terá sido abordada por sete Estados-membros da União Europeia (UE), em carta enviada a 25 de Outubro, exigindo limites especialmente restritivos neste domínio. Entre os países que terão assinado a missiva está Portugal.

A notícia é avançada pela agência Reuters, recordando o objectivo já anunciado pela UE em termos de emissões de gases que contribuem para o efeito de estufa, e que passa por conseguir uma diminuição de, pelo menos, 40% até 2030, tendo como referência os valores registados em 1990.

No entanto, ao mesmo tempo que a Comissão Europeia elabora já um documento para apresentar no próximo dia 8 de Novembro, a indústria automóvel europeia, quase toda ela sedeada em países-membros como a Alemanha, a França, a Itália ou a Espanha, continua a alertar para o facto de estas ambições poderem vir a colocar em causa o futuro do sector. Recordando ainda que, embora não deixem de apoiar a opção por veículos menos poluentes, tal irá depender sempre e em grande parte da procura por este tipo de propostas.

Ainda assim, depois de a Reuters ter avançado a possibilidade de as medidas a apresentar pela Comissão Europeia serem suavizadas, passando por uma redução de apenas 25% a 30% nas emissões das frotas automóveis até 2030, os ministros dos Transportes e Ambiente do Luxemburgo, Áustria, Bélgica, Holanda, Irlanda e Eslovénia e Portugal – todos eles com pouco peso na indústria automóvel europeia – terão já exigido a manutenção do objectivo inicial. Ou seja, um corte nas emissões de, pelo menos, 40%.

Uma vez que a regulamentação será apresentada já dentro de cerca de uma semana, é expectável que a Comissão Europeia fixe um critério para que os construtores automóveis possam vir a introduzir novas propostas zero emissões nas respectivas gamas, como forma de responder a um já aguardado sistema de créditos, destinado a ajudar a alcançar dos objectivos definidos em termos de emissões.

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