Os supostos “ataques acústicos” que alegadamente causaram danos físicos em diplomatas norte-americanos em Cuba são “uma manipulação política” para minar as relações entre os dois países, disse no sábado, em Washington, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodriguez.

“Os chamados ataques acústicos (…) são totalmente falsos”, disse o ministro cubano, em visita aos Estados Unidos, qualificando as acusações como uma “manipulação política destinada a minar as relações bilaterais”.

EUA retiram 60% do corpo diplomático de Cuba após queixas de ataques ultrassónicos

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Essas alegações levaram “a uma grave deterioração das relações entre os dois Governos e os dois países”, acrescentou Rodriguez.

O departamento de Estado dos Estados Unidos diz que 24 dos seus funcionários colocados em Cuba sofreram problemas de saúde relacionados com “ataques acústicos”.

Após a revelação do caso, em agosto, a administração norte-americana absteve-se de acusar formalmente o Governo cubano, mas o Presidente Donald Trump disse já este mês que Cuba era “responsável”. A Casa Branca considera que Havana tinha “meios de parar os ataques”.

Cuba respondeu que mostrou boa vontade em relação à questão, recebendo investigadores do FBI três vezes este ano.

Ignorando os argumentos, Washington retirou, no final de setembro, mais de metade da sua equipa diplomática em Cuba e expulsou 15 diplomatas cubanos dos Estados Unidos.

Há quase um mês que os vistos dos Estados Unidos não são emitidos em Cuba, o que Havana considera “injustificado”.