O antigo líder do PSD Luís Marques Mendes considera que António Costa foi “muito pouco inteligente” ao criar um ambiente de guerrilha com o Presidente da República e diz que o primeiro-ministro se quer vencer as eleições, e eventualmente ter maioria absoluta, vai precisar de uma boa relação com Marcelo para convencer o eleitorado ao centro.

“O que me parece é que esta atitude do Governo e do primeiro-ministro é tudo menos inteligente, é muito pouco inteligente”, disse Luís Marques Mendes, no seu espaço habitual de comentário na SIC.

Marques Mendes disse ainda que o Presidente da República agiu bem ao preencher um vazio deixado pela inação do Governo e que não compreende como o Governo pode estar chocado com a intervenção do Presidente da República, considerando que no dia seguinte à declaração ao país do Presidente o Governo “adequou o tom, o estilo e o conteúdo” para o adequar à mensagem do Presidente.

O antigo líder social-democrata disse ainda que um Governo “perde sempre” quando entra em guerra com um Presidente da República e considera que “se António Costa quer ganhar as eleições, e com maioria absoluta, tem de entrar no eleitorado mais moderado, e esse eleitorado é o eleitorado do Presidente da República”.

Sobre Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes lembrou que o Presidente “andava a avisar para este problema dos fogos há quatro meses, desde Pedrogão Grande”.

Ainda assim, sobre o futuro, o comentador diz que “não vai acontecer nada” e que a relação entre Presidente e Governo “vai voltar a uma relação institucional normal, em que Governo e Presidente vão convergir em vários momentos, e vão divergir num ou noutro momento”.

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