O porta-voz do Partido Popular (partido do Governo espanhol) no Parlamento Europeu considerou que o secretário de Estado belga, ao pôr em cima da mesa a possibilidade de dar asilo ao presidente destituído do governo regional da Catalunha, violou os princípios da solidariedade e da colaboração entre os países da União Europeia.

“Sem ter qualquer motivo nem competências para tal, e adiantando-se a qualquer acontecimento, Francken avaliou um possível juízo a Puigdemont, fazendo graves acusações ao sistema judicial espanhol, ao trabalho dos juízes espanhóis, e ao estado de direito de Espanha”, afirmou Esteban González Pons, num comunicado.

Bélgica poderá dar asilo a Puigdemont

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O vice-presidente do grupo PPE no Parlamento Europeu afirmou mesmo que “se trata de um ataque inaceitável por parte de um membro do governo belga a outro estado da UE como Espanha” e espera que este seja “corrigido imediatamente“.

“Declarações como as do senhor Francken prejudicam gravemente o trabalho que devemos fazer entre todos para preservar os princípios democráticos na UE.”

Mas González Pons foi mais longe, ao sublinhar o facto de o secretário de Estado que está a abrir a possibilidade de dar asilo a Puigdemont foi o mesmo que se recusou a dar asilo a uma família síria, após a decisão de um tribunal e ter mesmo sido condenado a pagar uma multa de quatro mil euros por dia.

“O político belga Theo Francken que ofereceu asilo a Puigdemont foi condenado por ter negado asilo a uma família síria, apesar da decisão do tribunal”, lê-se no tweet.