Mais de 60 casais divorciaram-se por dia em Portugal em 2016, totalizando 22.649, menos 1.037 face ao ano anterior e menos 4.411 relativamente a 2011, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira.

Do total dos divórcios decretados no ano passado, 22.340 diziam respeito a casais residentes em Portugal (23.377 em 2015) e 309 (256 em 2015) a residentes no estrangeiro, precisam as “Estatísticas Demográficas 2016” do INE.

Em média, divorciaram-se por dia, em 2016, 62 casais, um número inferior ao registado em 2011 (73).

“O aumento do número de divórcios de casais residentes em território nacional que se vinha a verificar desde 2006, foi interrompido a partir de 2011, passando a uma diminuição até 2015, ano em que regista um aumento, para voltar a descer em 2016”, refere o INE na publicação.

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A maior quebra verificou-se em 2013, com uma diminuição de cerca de 2.855 divórcios decretados.

Segundo as estatísticas, os valores da taxa bruta de divorcialidade acompanham a tendência de evolução do número de divórcios decretados.

Desde 2011 que a taxa bruta de divorcialidade apresenta um valor abaixo de 2,5%, atingindo em 2016 2,2 divórcios por mil habitantes, valor inferior ao do ano anterior (2,3%).

No ano passado, cerca de 36% dos homens e 39% das mulheres que se divorciaram tinham entre 35 e 44 anos, sendo a idade média ao divórcio de cerca de 45 anos (44,9 anos) para ambos os sexos, superior à verificada em 2015, que se fixou em 44,5 anos.

A análise do indicador por sexo revela que, desde 2011, a idade média dos homens ao divórcio foi sempre mais elevada do que a das mulheres, situando-se em 2016 em 46,1 anos para os homens e 43,7 anos para as mulheres.

Relativamente aos casamentos realizados no ano passado, os dados do INE indicam que registaram um valor muito próximo ao de 2015.

“Em 2016 a nupcialidade registou um valor muito próximo ao do ano anterior, em resultado da diminuição do número de casamentos entre pessoas de sexo oposto e do aumento do número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo”, sublinha.

O valor da taxa bruta de nupcialidade manteve-se em 3,1 casamentos por mil habitantes.

No decurso de 2016, realizaram-se 32.399 casamentos (422 dos quais entre pessoas do mesmo sexo), mais seis do que os realizados em 2015.

De acordo com o INE, o adiar da idade ao casamento é uma tendência que se tem mantido ao longo das últimas décadas e para ambos os sexos: a idade média ao primeiro casamento em 2016 situou-se em 32,8 anos para os homens e 31,3 anos para as mulheres, que compara com 32,5 anos e 31,0 anos, respetivamente em 2015.