As forças do regime sírio apoderaram-se de alguns quarteirões que estavam sob o controlo do grupo radical Estado Islâmico na cidade de Deir Ezzor, indicou a agência oficial síria Sana, citada pela agência France Press.

O exército sírio lançou uma ofensiva ao coração de Deir Ezzor, no leste da Síria, para expulsar o Estado Islâmico de alguns quarteirões que estavam sob o seu controlo.

Apoiados pela aviação russa, as forças do regime sírio passaram a dominar três quarteirões que pertenciam ao Estado Islâmico, precisa a agência noticiosa Sana.

O Observatório Sírio dos Direitos do Homem (OSDH) confirmou o avanço das tropas do regime em Deir Ezzor, baluarte de uma província rica em petróleo, junto à fronteira do Iraque.

“As forças do regime continuam a sua progressão na cidade de Deir Ezzor”, notou o OSDH.

O regime sírio recuperou “mais de 95% da cidade” e os jihadistas ficaram remetidos num perímetro de algumas centenas de metros, relatou ainda a OSDH.

“Se as forças do regime insistirem no avanço, elas podem pôr termo à presença do Estado Islâmico naquela cidade, dentro de horas ou dias”, estimou o OSDH.

No local, um jornalista que colabora com a AFP, testemunhou os combates na cidade e o grau de destruição nos bairros atingidos, com fachadas de prédios completamente destruídas.

Os jihadistas utilizam “snipers”, carros armadilhados e enviam mulheres “kamikazes” contra as posições do exército sírio.

A província de Deir Ezzor é atualmente palco de duas ofensivas distintas visando desalojar o Estado Islâmico dos territórios sob o seu controlo.

Uma das ofensivas das forças do regime é apoiada pela aviação russa e outra por combatentes curdas e árabes das forças democráticas sírias, suportadas pela coligação internacional dirigida pelos Estados Unidos.

A 17 de outubro, o Estado Islâmico perdeu Raqqa, sua antiga “capital” no norte da Síria.

Desencadeada pela repressão de manifestações pacíficas, em 2011, pelo regime de Bashar al-Assad, o conflito na Síria, envolvendo já países estrangeiros e grupos jihadistas, causou mais de 330 mil mortos e milhões de desalojados e refugiados.

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