O Presidente da China, Xi Jinping, apelou ao líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para que mantenham laços “estáveis e sólidos”, informou esta quinta-feira a agência norte-coreana KCNA, numa altura de distanciamento entre os dois países.

“Espero que do lado chinês sejam feitos esforços, em conjunto com o lado norte-coreano, para promover o desenvolvimento estável e a solidez duradoura das relações entre os dois países”, lê-se numa carta enviada por Xi e publicada na íntegra pela KCNA.

A China é o principal aliado da Coreia do Norte. Para além da afinidade ideológica, Pequim e Pyongyang lutaram juntos contra os Estados Unidos na Guerra da Coreia (1950-53), no entanto, as relações têm-se deteriorado face à insistência de Pyongyang em prosseguir com o seu controverso programa nuclear e de misseis balísticos.

Desde que, em 2013, ascendeu ao poder, Xi Jinping nunca se encontrou com Kim Jong-un, tendo-se mesmo tornado no primeiro líder chinês a visitar a Coreia do Sul antes de ir à Coreia do Norte.

A carta enviada pelo Presidente chinês serviu para agradecer a felicitação endereçada por Kim, após a reeleição de Xi como secretário-geral do Partido Comunista da China (PCC). Na mesma mensagem, Xi Jinping expressa a necessidade de “defender a paz regional, a estabilidade e prosperidade comum”.

Sob a direção de Kim Jong-un, Pyongyang efetuou três testes nucleares. Em setembro passado, conduziu o mais poderoso teste até à data, no que revelou ter sido a detonação de uma arma termonuclear para ser colocada num míssil balístico intercontinental.

Em reação, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou novas sanções contra Pyongyang, com o apoio da China. Pequim impôs ainda sanções unilaterais, como o encerramento de empresas norte-coreanas no país ou a limitação no fornecimento de petróleo. A China é responsável por 90% do comércio externo da Coreia do Norte.

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