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Se pebolim é matraquilho, Zazah é petisco português

Este artigo tem mais de 5 anos

No novo restaurante do Príncipe Real, em Lisboa, os donos e o chef podem ser brasileiros, mas quem manda são os petiscos portugueses. Dos croquetes à sapateira, é provar.

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Divulgação

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O que interessa saber

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Nome: Zazah
Abriu em: 16 de outubro
Onde fica: Rua de São Marçal, 111
Lisboa
O que é: O mais recente bar e restaurante do Príncipe Real
Quem manda: Os empresários Jorge Abreu e Sidnei Gonzalez com o chef Moisés Franco
Quanto custa: Entre 20€ e 25€
Uma dica: Sextas e sábados o espaço é animado por um DJ que vai ajudar a espalhar aquele “alto astral” tipicamente carioca
Contacto: 21 1344468
Horário: Das 19h às 24h (quinta, sexta e sábado fecha às 2h, domingo está fechado)
Links importantes: Facebook, Site

A História

Se dúvidas houvesse que Portugal está na moda, exemplos como o de Jorge Abreu, o empresário por trás do novo Zazah (juntamente com Sidnei Gonzalez, seu sócio), bastaria para comprovar essa realidade. Habituado a trabalhar no ramo do comércio, o brasileiro começou a interessar-se por Lisboa por culpa “do mercado imobiliário”. Ao ver a “crescente oferta de bons restaurantes”, decidiu embarcar na aventura de ter um espaço seu que, apesar de não se debruçar sobre o receituário brasileiro, fosse capaz de transmitir “o alto astral do carioca [não fosse Jorge natural do Rio de Janeiro]”.

3 fotos

Assim foi: em novembro do ano passado, quando começou a passar longas temporadas em terras lusas a preparar este projeto, conheceu o chef Moisés Franco, e tudo começou a alinhar-se. Hoje, já com raízes assentes em Lisboa — “a minha família já cá está e tudo”, conta –, orgulha-se do seu Zazah, a primeira aventura no ramo da restauração.

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Este projeto marca também a estreia do chef Moisés como líder de uma cozinha profissional. O também carioca mudou-se para Portugal há três anos, “já com tudo planeado” para deixar a advocacia, profissão que exercia no Brasil, e dedicar-se ao mundo da comida. Fez a sua formação ainda no seu país natal mas reforçou-a mal chegou. O novo curso que tirou na Associação dos Cozinheiros Profissionais foi essencial para começar a imiscuir-se no meio, já que Moisés admite que “não conhecia ninguém”, “começou do zero” e era importante entrar na indústria. A aposta correu bem: foi aceite como estagiário no antigo Bocca, daí partiu para uma curta passagem n’A Travessa, regressando ao Bocca para se assumir como sub-chef. Mais recentemente passou pelo Belcanto e pelo Bairro do Avillez.

Jorge Abreu (à esq.) e o chef Moisés Franco (à dir.) ©Diogo Lopes/Observador

O Espaço

O facto de Jorge já estar inserido no ramo do imobiliário pode ter sido determinante para conseguir encontrar um espaço como o do Zazah: enorme e praticamente no coração do Príncipe Real. Este novo restaurante, que nasceu no mesmo sítio onde em tempos morou o Cachorro à Portuguesa (restaurante dedicado aos famosos hot dogs), foi todo remodelado e apresenta-se de cara lavada, com um design sofisticado pintado, maioritariamente, a preto, banco e cinzento.

Logo à entrada vê-se o balcão do bar, onde a carta de cocktails (“apostamos nos clássicos, mas também temos alguns concebidos por nós”, explica Jorge) é posta ao dispor. Há uma primeira zona de mesas, onde se encontram tanto as mais convencionais, de quatro pessoas, ou as de pé alto, ideais para quem quer petiscar qualquer coisa e beber uns copos. O espaço continua um pouco mais à frente, com duas salas interiores: uma semelhante à primeira, com lugares sentados, e outra mais ao jeito de um lounge, com cadeirões confortáveis e um pequeno posto onde todos as sextas e sábados viverá um DJ.

Este Zazah vive num limbo útil para qualquer espaço de restauração — pelo menos na perspetiva do negócio — já que facilmente pode vir à cabeça tanto quando procuramos um sítio para jantar com os amigos como quando apenas queremos uma casa cool e descontraída para brindar depois do trabalho.

A arte também mora aqui (não trabalhasse o sócio Sidnei nesse ramo), principalmente na parede do fundo do restaurante, onde existe um mapa mundo enorme, pintado, claro, a preto e branco.

De destacar também a apetrechada garrafeira, feita à medida, onde ficam preservadas todas as 75 (por enquanto) referências vínicas que, como explica Jorge, agradam a todos os bolsos — “temos vinhos tanto para quem quer gastar muito como para quem quer algo mais em conta”.

Logo ao entrar no Zazah vai dar de caras com este bar. ©Divulgação

A Comida

Num restaurante onde tanto os sócios como o chef são brasileiros, seria de esperar que a carta tivesse algumas especialidades do “país irmão”, correto? Nem por isso. Os responsáveis por este Zazah quiseram apostar numa cozinha portuguesa pincelada com alguns toques internacionais. “Idealizei uma carta moderna mas descontraída, algo que refletisse o aspeto e o ambiente do espaço”, explica o ex-advogado. Uma ideia como esta materializa-se numa não muito extensa oferta de pequenos pratos, onde existe sempre algo a remeter-nos ao receituário lusitano. Há um ceviche de atum (9,50€), por exemplo, que na prática nada de muito óbvio teria a ver com a comida portuguesa, mas Moisés explica que sim, tem. Como? “Uso funcho do mar para dar alguma frescura extra. É um produto que não só nos remete à extensa costa portuguesa como tem a particularidade engraçada de ser uma planta que os navegadores costumam levar consigo, sempre que iam de viagem. Conservavam-na em sal e vinagre, como eu faço aqui, porque eram uma boa fonte de vitamina C”.

Quando aqui passar pode provar também uma saborosa bifana de bochecha de porco preto (8,50€), uns viciantes croquetes de alheira (5,50€) ou até uma dose de cones de sapateira, animal que, como o chef faz questão de explicar, “praticamente só existe nos mares portugueses”, daí fazer justiça à ideia de haver um pouco de Portugal em cada prato.

Voltando à comida brasileira: sim, esta carta não procura seguir por esse caminho, contudo, tanto Jorge como Moisés concordam que eventualmente, se “fizer sentido e estiver de acordo com a sazonalidade do produto”, não fecham totalmente a porta à possibilidade de servirem uma coisa ou outra. É esperar — se possível, à mesa do Zazah — para ver.

“Cuidado, está quente” é uma rubrica do Observador onde se dão a conhecer novos restaurantes.

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