A presidente da Câmara da Marinha Grande, Cidália Ferreira, reivindica ao Governo um orçamento de um milhão de euros para o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, anunciou esta terça-feira a autarquia.

A reivindicação foi feita numa reunião com os elementos da Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação da Assembleia da República, realizada no sábado, na Marinha Grande, referiu esta terça-feira o município, numa nota de imprensa.

No encontro, Cidália Ferreira assumiu a exigência junto do Governo de um “orçamento de um milhão de euros para o ICNF, bem como o reforço dos recursos humanos afetos aos serviços a funcionar na Marinha Grande de três técnicos, 50 operacionais e 15 guardas florestais”.

Para a autarca, “é impossível ao ICNF com os atuais recursos assegurar a gestão de uma área tão grande como é a da mata”.

Cidália Ferreira recordou ainda o rendimento que foi sendo retirado através da Mata Nacional “durante tantas décadas e que não foi reinvestido na gestão florestal pública”.

Por isso, entendeu, é chegado “o momento do país retribuir aquilo que saiu daqui”, através da transferência de uma “verba compensatória para o Município fazer face a todos os prejuízos que se vai ter com este incêndio”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Tal como já tinha avançado à agência Lusa, a presidente apelou, uma vez mais, a uma resolução que vise a “reflorestação planeada e reorganizada do Pinhal do Rei, que foi queimado em 86% da sua área e cuja perda causará danos ambientais, económicos, turísticos, desportivos e para a saúde da população”.

A presidente da Câmara mostrou-se ainda satisfeita com facto de na reunião “estarem unidos todos os grupos parlamentares com representação na Assembleia da República, estando criadas as condições para tomarem as medidas adequadas a uma política de desenvolvimento do concelho em termos da reconstrução e reorganização da mata”.

Presentes estiveram também os presidentes das Câmaras de Alcobaça, Paulo Inácio, Batalha, Paulo Batista Santos, Pombal, Diogo Mateus, e o vereador da Câmara de Leiria, Ricardo Santos, que “deram a conhecer a dimensão das consequências do incêndio de 15 de outubro nos respetivos municípios e alertaram para as situações que mais os preocupam nos seus territórios”.

O encontro contou com representantes da Associação Nacional de Municípios Portugueses, da Autoridade Nacional de Proteção Civil, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e chefe da Divisão de Gestão Operacional e Fiscalização do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.