As autópsias das vítimas mortais do surto de Legionella em Lisboa foram concluídas esta quarta-feira às 13h pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, informou o Ministério da Justiça. Os corpos já podem ser levantados pelas famílias.

“O processo do INML [Instituto Nacional de Medicina Legal] foi concluído às 13 horas e os corpos estão desde essa hora prontos para serem levantados”, indicou o ministério à Agência Lusa.

O corpo de uma das vítimas mortais do surto de Legionella no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, foi recolhido na terça-feira pela Polícia de Segurança Pública (PSP) quando estava a decorrer o velório em Campo de Ourique, em Lisboa, por ordem do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP). O Ministério Público ordenou igualmente a autópsia ao corpo da outra vítima mortal, o que originou que a data das cerimónias fúnebres tivesse de ser alterada, disse à Lusa fonte da família.

A Procuradoria-Geral da República informou, em comunicado, que o Ministério Público não recebeu “qualquer declaração de óbito” das duas vítimas mortais do surto de Legionella, explicando que, por isso, teve de solicitar as autópsias, que “são essenciais” para a investigação. Uma vez obtidos os elementos necessários, o Ministério Público foi, igualmente, informado de que os corpos já haviam sido entregues às famílias”, explica ainda a nota. Assim, o Ministério Público decidiu ordenar o encaminhamento dos corpos para o Instituto de Medicina Legal.

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“Consciente da sensibilidade da situação, o Ministério Público não pode deixar de lamentar o ocorrido bem como o sofrimento que daí resultou para os familiares das vítimas”, conclui.

O ministro da Saúde lamentou o “incómodo e perturbação” causado à família da vítima de Legionella que se encontrava a ser velada na terça-feira, quando a polícia recolheu o corpo para autópsia. Adalberto Campos Fernandes lembrou, contudo que, “é fundamental que o Ministério Público cumpra o seu trabalho e compreenda o que falhou ou correu mal” no surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

À margem do primeiro fórum do Conselho Nacional de Saúde, que está a decorrer em Lisboa, Campos Fernandes disse ainda não ter tido ainda ocasião de falar com a Procuradoria-Geral da República, mas lamentou “a forma perturbada como tudo aconteceu”.

Artigo atualizado às 14h24