O Ministério Público decidiu emitir um comunicado esclarecendo de forma mais pormenorizada por que razão ordenou que a PSP interrompesse os velórios de duas das vítimas mortais de legionella e recolhesse os corpos para os enviar para o Instituto de Medicina Legal (IML), com o objetivo de ser realizada uma autópsia.

O gabinete de Joana Marques Vidal explica que a partir do momento que decidiu instaurar um inquérito “ao surto de legionella e suas consequências”, e tendo sido noticiadas mortes, “entendeu-se, desde logo, que a realização de autópsia e de perícias médico-legais era essencial para a investigação em curso”.

O que aconteceu a seguir levou ao desfecho do final da tarde, com a PSP a interromper dois velórios para recolher os corpos:

Não tendo, todavia, o Ministério Público recebido qualquer comunicação de óbito relacionada com esta matéria, teve necessidade de recolher elementos que permitissem identificar as vítimas, bem como as circunstâncias que rodearam as mortes, designadamente o local onde ocorreram. Uma vez obtidos esses elementos, o Ministério Público foi, igualmente, informado de que os corpos já haviam sido entregues às famílias.

Ora, os corpos tinham de ser autopsiados no IML e para lá acabaram por ser reencaminhados, em circunstâncias complicadas para as famílias e para os próprios agentes da autoridade. Admitindo que, de facto, a situação foi complicada, o Ministério Público lamentou o sofrimento causado aos familiares que estavam a velar os mortos.

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Consciente da sensibilidade da situação, o Ministério Público não pode deixar de lamentar o ocorrido bem como o sofrimento que daí resultou para os familiares das vítimas.”

PSP interrompe velórios de vítimas de legionella para levar os corpos. “Difícil para as famílias, desconfortável para nós”