O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou que o elemento essencial das novas previsões da Comissão Europeia, que “são sempre muito prudentes”, é “como elas se aproximam” das feitas pelo Governo.

Nas previsões económicas de outono divulgadas hoje, a Comissão Europeia melhorou as projeções do défice de Portugal para 1,4% em 2017, mas avisou que redução é “sobretudo cíclica” e também melhorou as previsões de crescimento da economia portuguesa, para os 2,6% em 2017 e para os 2,1% em 2018, continuando a antecipar “algum abrandamento” do ritmo económico e alinhando-se com as projeções do Governo.

“O elemento essencial nas novas previsões da Comissão Europeia é como elas se aproximam das previsões portuguesas. A Comissão Europeia tem um padrão – que é compreensível – de previsões sempre muito prudentes. À medida que as vai revendo, vai-se aproximando das previsões do governo português”, respondeu aos jornalistas Augusto Santos Silva, na conferência de imprensa final do Conselho de Ministros.

Para o governante, esta aproximação é clara “no que diz respeito a 2017” e “no que diz respeito à projeção do crescimento económico para 2018”.

Augusto Santos Silva destacou que, “quanto à previsão orçamental para 2018 apresentada pela Comissão Europeia, esta mais uma vez obedece aquele padrão de prudência” já identificado.

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“E estou absolutamente seguro de que ao longo do ano de 2018 ela acabará por aproximar-se, até finalmente convergir com a previsão do Governo”, disse.

O ministro dos Negócios Estrangeiros destacou que “aquilo que o Governo prevê como défice orçamental para 2018 é o que está inscrito na proposta do Orçamento do Estado: 1% do PIB”.

“A Comissão Europeia e o Governo têm trabalhado no sentido de serem esclarecidas todas as questões que foram colocadas na carta dirigida ao Governo português. A diferença que tinha sido notada no que diz respeito ao cálculo do défice orçamental é pouco mais que irrelevante”, evidenciou ainda.