O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, realizou uma visita às instalações da RTP em Bissau para testemunhar a reabertura das emissões no país, depois de terem estado suspensas durante quatro meses.

“É a segunda vez que visito no quadro da amizade que existe entre a Guiné-Bissau e Portugal e para testemunhar a reabertura das emissões da RTP e RDP na Guiné-Bissau”, disse, aos jornalistas, Umaro Sissoco Embaló.

Segundo o primeiro-ministro guineense, entre os dois países existe um “laço de consanguinidade” e para o testemunhar decidiu visitar as instalações da RTP.

Questionado pelos jornalistas se costuma ver a RTP África, o primeiro-ministro disse que sim e confessou que mesmo quando as emissões estavam suspensas seguia o canal de televisão, que tem disponível através do satélite.

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“É um canal de que gosto e a minha família também. Eu tenho família em Portugal e também fiquei muito contente de passar aqui hoje [quinta-feira] porque sei que a minhas filhas e esposa me vão ver na TV”, disse.

O primeiro-ministro salientou também a importância da RTP África para a diáspora guineense, porque é uma forma de passar a imagem da Guiné-Bissau.

O porta-voz do Governo guineense, Fernando Vaz, que acompanhou o primeiro-ministro na visita, à semelhança do cônsul de Portugal em Bissau, Duarte Bucho, disse que as equipas técnicas de ambas as partes irão sentar-se brevemente para começar a refazer o novo acordo.

Fernando Vaz, que representa também interinamente o ministro da Comunicação Social, Vítor Pereira, ausente do país, explicou também que a Guiné-Bissau não quer ser um parceiro residual da RTP, salientando que pode representar uma “mais-valia”.

As autoridades guineenses anunciaram a 30 de junho último a suspensão das emissões da rádio e televisão públicas portuguesas, exigindo uma renegociação com o Governo português do acordo na área da comunicação social entre os dois países.

Os ministros responsáveis pela pasta da Comunicação Social de Portugal e da Guiné-Bissau anunciaram a 31 de outubro terem assinado um acordo político, que previa que as emissões da RDP e da RTP África fossem retomadas a 8 de novembro.

O primeiro-ministro guineense decidiu antecipar o fim da suspensão e mandou retomar as emissões a 1 de novembro.