Milhares de pessoas marcharam em Los Angeles, no passado domingo, em apoio às vítimas de assédio sexual. A campanha criada nas redes sociais, que tem a hashtag #MeToo como selo de identificação, serviu de inspiração a todos os que marcharam em Hollywood, ao longo da Sunset Boulevard.

A marcha surge na sequência das muitas acusações de assédio sexual na indústria, uma bola de neve que tem vindo a ficar cada vez mais densa e que começou com a divulgação das primeiras notícias sobre a conduta inapropriada do produtor norte-americano Harvey Weinstein, entretanto acusado de assédio sexual por mais de 70 mulheres — incluindo mais de uma dezena de casos de alegada violação.

A caminhada dos protestantes, sobretudo mulheres, começou no coração de Hollywood, perto da entrada do Dolby Theater, onde se realiza a cerimónia dos Óscares. Entre os cânticos entoados, ficou no ouvido “Sim significa sim e não significa não, o que quer que tenhamos vestido”.

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Também em Bollywood, a maior indústria cinematográfica do mundo, algumas estrelas começam a dar a cara tendo em conta alegados casos de assédio sexual sem, no entanto, falar em nomes. É o caso da atriz indiana Divya Unny que foi, tal como muitas das vítimas de Weinstei, chamada ao quarto de hotel para discutir um papel com um determinado realizador. “Ouvimos sempre histórias de atrizes serem chamadas por diretores a quartos de hotéis, mas eu não pensei duas vezes porque fui referenciada”, contou à Reuters.

Já com um pé fora da indústria do entretenimento, é notícia que Eddie Berganza, editor no grupo DC Comics, foi acusado de assédio sexual a uma sexta-feira e suspenso a um sábado.