O INE divulga esta terça-feira a estimativa rápida das contas nacionais do terceiro trimestre, com as previsões recolhidas pela Lusa a apontarem para um crescimento entre 0,4% de 0,8% em cadeia e entre 2,6% e 2,9% em termos homólogos.

Caso se confirmem estas previsões de analistas e centros de estudos económicos, isto significa que a economia portuguesa acelerou no terceiro trimestre face aos três meses anteriores. Recorde-se que, no segundo trimestre de 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 0,3% em cadeia e de 3% em termos homólogos.

O Grupo de Análise Económica do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e o Núcleo de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, apresentam as previsões mais otimistas, esperando ambos um crescimento em cadeia de 0,8% e homólogo de 2,8 e 2,9%, respetivamente.

“Este crescimento trimestral do produto reflete a melhoria da situação económica que é transversal aos diversos agregados, incluindo o investimento”, afirmam os economistas do NECEP, admitindo, ainda assim, “um conjunto de efeitos pontuais que mantém um elevado grau de incerteza nesta estimativa”.

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Por sua vez, o departamento de estudos económicos do banco Montepio é o menos otimista, apontando para uma expansão em cadeia do PIB entre 0,4% e 0,6% para o terceiro trimestre e 2,6% em termos homólogos, reconhecendo, no entanto, “a existência de riscos ascendentes, existindo mais modelos a apontar para valores acima dos 0,5%, do que abaixo”.

Em cadeia, estimamos que a economia tenha sido suportada tanto pela procura interna, em concreto pelo consumo privado e pelo investimento em capital fixo (FBCF), como pelas exportações líquidas, que deverão ter regressado aos contributos positivos, depois do ligeiro contributo negativo do segundo trimestre”, explicou à agência Lusa o economista-chefe do banco, Rui Bernardes Serra.

O espanhol BBVA é um dos que aponta para um crescimento em cadeia de 0,5% no terceiro trimestre, o que “resulta de novos impulsos do investimento e da boa situação das exportações e do turismo, que seriam parcialmente compensados por um comportamento menos positivo do consumo privado e do aumento das importações”.

As quatro entidades apontam para crescimentos do PIB acima de 2,6% no conjunto do ano: o NECEP estima 2,7% e o ISEG apresenta ainda um intervalo entre os 2,6% e os 3%. Recorde-se que, na proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), o Governo reviu em alta a estimativa do crescimento da economia de 1,8% para 2,6% este ano e de 1,9% para 2,2% no próximo.