A aprovação de incentivos da União Europeia a uma floresta adaptada às alterações climáticas e aos incêndios deve ser considerada na revisão da Política Agrícola Comum (PAC), defendeu esta terça-feira a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

“A floresta merece ser incluída no âmbito do processo da revisão da PAC” em curso, disse esta terça-feira o presidente do conselho diretivo da ANMP, Manuel Machado, no final de uma reunião preparativa do XXIII Congresso dos municípios portugueses, com capacidade eletiva, que decorrerá em Portimão, no dia 9 de dezembro.

Perante o anunciado “Brexit” — a saída do Reino Unido da União Europeia — a preparação do futuro da floresta, em Portugal e restantes Estados-membros da União Europeia, deve ser “considerada no âmbito de programas específicos da Política Agrícola Comum”, preconizou.

“A nossa avaliação é conforme esse entendimento”, apoiado por diferentes entidades e responsáveis políticos, afirmou o socialista Manuel Machado, frisando que se trata de “uma ideia positiva” que tem sido também defendida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e que é partilhada pela generalidade dos municípios e seus órgãos representativos.

Para o presidente da ANMP e da Câmara Municipal de Coimbra, “as alterações climáticas e a suas consequências nefastas são evidentes”, o que foi demonstrado pelos graves incêndios florestais deste ano, em Portugal, que causaram mais de 100 mortos, centenas de feridos e avultados prejuízos na economia, habitações e equipamentos públicos.

“É necessário prepararmo-nos todos, incluindo as autarquias, para darmos o contributo à mitigação dos riscos que têm sido verificados com danos extremamente pesados” para a sociedade, sublinhou.

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