O novo treinador do Estoril-Praia, Ivo Vieira, assegurou esta terça-feira que vai encarar todos os encontros com o pensamento de somar vitórias na I Liga de futebol, confessando também a necessidade de repor a confiança nos seus atletas.

“Nas minhas mãos o Estoril vai jogar todos os jogos para ganhar. Sou um treinador que gosta de correr riscos e os jogadores têm de sentir isso na pele, encontrando dificuldades, mas penso que com este tipo de mentalidade, desempenho e ideia de jogo vamos estar mais perto disso”, começou por explicar o agora treinador do último classificado do campeonato.

Em conferência de imprensa realizada no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, e na sua primeira aparição como líder da equipa, Ivo Vieira conta apenas com dois treinos na Amoreira, tempo insuficiente e prematuro para dizer o que falta realmente à equipa, garantindo, ainda assim, que existem “bons valores e muita qualidade no plantel”, apesar de reconhecer que os “índices de confiança” dos futebolistas não são os ideais.

O técnico madeirense desvinculou-se da Académica, que compete na II Liga, para abraçar o projeto mais “aliciante” da carreira e justificou o regresso a um campeonato onde já orientou clubes como o Marítimo e o Nacional.

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“[O Estoril-Praia] É um clube que milita na primeira liga e queremos sempre dar um passo em frente. É o próximo e tenho que considerar que é o mais aliciante. Todos nós procuramos o melhor para as nossas vidas”, argumentou.

Contudo, o técnico dos ‘canarinhos’ não se desvia da principal meta que tem pela frente, o de retirar o Estoril-Praia do último lugar da tabela, e consequentemente colocar um ponto final na série de 10 desaires consecutivos. “A principal necessidade é tirar o Estoril desta situação em que está. Temos de procurar ser melhores e é isso é um trabalho mental. Este é um lugar que o Estoril não pode estar a ocupar neste momento. É esse o primeiro passo”, referiu.

Ivo Vieira apanhou a antiga equipa de Pedro Emanuel com a pior defesa da I Liga, com 26 golos sofridos, e o segundo pior ataque, com apenas oito marcados. Contudo, o novo treinador já sabe como inverter a situação. “Gosto de uma equipa com pedal, andamento, com muita gente na frente e forte nos duelos. É bom haver essa agressividade no bom sentido”, terminou.