Quando chegou a Nova Iorque nos anos 80, Ryan Weideman tinha uma câmara fotográfica, um mestrado em Belas Artes pelo Colégio de Arte e Artesanato da Califórnia e um sonho americano por concretizar. Mas não eram os sonhos que lhe pagava as contas e, ao fim de um mês, Ryan Weideman percebeu que tinha de arranjar alternativas para ganhar dinheiro. “Conduzir um táxi não estava nos meus planos. Mas tinha de fazer algo para sobreviver. Tinha arrendado o típico apartamento para artistas. Um espaço pequeno, com apenas 18,5 metros quadrados, velho e com água fria. E tinha apenas 300 dólares na carteira”, recorda Ryan.

Deambulou pelas ruas nova iorquinas durante uma semana até que percebeu que o sonho americano podia estar mesmo dentro daquele táxi: “Tantas combinações interessantes e inusitadas de pessoas que transportava no meu táxi. Fotografá-las pareceu-me uma coisa que eu podia fazer. O banco traseiro do carro estava num estado de fluxo constante, repleto de pessoas interessantes que eram excitantes e inspiradoras, criando a sua própria atmosfera”.

Começou a fotografar a maior parte das pessoas que lhe passavam pelo banco de trás enquanto ganhava dinheiro para pagar o apartamento na West 43rd Street, ainda hoje vive. Nos momentos de fraqueza, lembrava-se de um vizinho taxista que desempanhava o trabalho com alegria. E pelo meio tirava “selfies” com os clientes ou fotografava-os às escondidas. Quando publicou as fotografias, ao fim de 20 anos a ser taxista, o sonho abraçou-o de braços abertos. E Ryan Weideman começou a expor as imagens no Brooklyn Museum, no Oakland Museum e no Art Institute of Chicago.

Veja as fotografias que fizeram de Ryan Weideman uma estrela na fotogaleria.

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