A operadora de telecomunicações Oi atingiu um lucro de 217,5 milhões de reais (56,8 milhões de euros) no Brasil no terceiro trimestre deste ano, primeiro resultado positivo registado no país da empresa desde igual período de 2015.

Num balanço divulgado na noite de segunda-feira, a Oi informou que incluindo as operações internacionais, obteve um lucro de oito milhões de reais (dois milhões de euros) no mesmo período.

Segundo a empresa, os resultados positivos decorrem do corte de custos de 337 milhões de reais (88 milhões de euros) no trimestre e de 1,5 mil milhões de reais (390 milhões de euros) nos nove primeiros meses do ano. Outro fator determinante foi a desvalorização do dólar face a moeda brasileira.

Já o EBITDA (sigla em inglês para denominar o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da Oi somou 1,6 mil milhões de reais (420 milhões de euros) no terceiro trimestre, um aumento de 4,1% em relação ao mesmo período de 2016. “Nos nove meses acumulados do ano, o total de investimentos atingiu 3,8 mil milhões de reais (993 milhões de euros), com crescimento de 11,6% em relação ao mesmo período de 2016”, destacou a empresa no balanço.

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A dívida consolidada da Oi somou 51,8 mil milhões de reais (13,5 mil milhões de euros), redução de 0,2% no trimestre e elevação de 7,3% na comparação com 2016.

A operadora brasileira acrescentou que desde que iniciou um processo de recuperação judicial, em junho do ano passado, as suas operações geraram 2,6 mil milhões de reais (680 milhões de euros) em caixa.

Sobre o processo de recuperação judicial, a Oi informou no balanço que “mantém evolução no processo de Recuperação Judicial e segue negociando com os credores buscando a melhor proposta de plano de recuperação judicial, para ser submetida à aprovação na Assembleia Geral de Credores no dia 7 de dezembro”.

A Bratel, subsidiária da portuguesa Pharol, é acionista minoritária de referência com 22% das ações da Oi. A operadora de telecomunicações brasileira entrou com um pedido de recuperação judicial por não conseguir negociar as dívidas, que na época somavam 65 mil milhões de reais (17,1 mil milhões de euros na cotação de terça-feira).