O livro ilustrado para a infância “O lápis mágico de Malala”, da jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai, Nobel da Paz em 2014, é editado este mês em Portugal. “O lápis mágico de Malala” é um conto autobiográfico no qual a jovem paquistanesa tenta transmitir uma das maiores batalhas pela qual é conhecida: a defesa do direito das raparigas irem à escola e terem acesso à educação.

Na história, Malala diz que sonhava ter um lápis mágico para poder desenhar vestidos bonitos para a mãe ou para desenhar “meninas e meninos, todos eles com direitos iguais”. Neste primeiro livro para a infância, Malala revela que, com o poder da escrita, conseguiu chamar a atenção internacional: “Escrevia sozinha no meu quarto, mas pessoas em todo o mundo liam a minha história. (…) Finalmente encontrei a magia que procurava – nas minhas palavras e no meu trabalho”.

Sobre o ataque que sofreu em 2012, quando foi atingida a tiro na cabeça por elementos do Movimento dos Talibãs do Paquistão, o livro é omisso, com Malala a escrever sob um fundo negro: “A minha voz tornou-se tão poderosa que os homens perigosos tentaram silenciar-me. Mas falharam”.

A jovem paquistanesa, que desde 2009 criticava a violência dos talibãs e defendia a educação das raparigas no Paquistão, sobreviveu ao atentado e recebeu vasto apoio da comunidade internacional. Em 2014, com 17 anos, tornou-se na mais jovem personalidade a receber o Prémio Novel da Paz, partilhado com o ativista indiano Kailash Satyarthi, de 60 anos.

Na cerimónia em Oslo, quando recebeu o prémio, Malala Yousafzai prometeu lutar até que a última criança seja escolarizada. Atualmente vive e estuda no Reino Unido. “O lápis mágico de Malala”, que sai este mês pela Presença, tem ilustrações de Sébastien Cosset e Marie Pommepuy, que assinam em conjunto como Kerascoet.

Em Portugal está editado ainda o livro “Eu, Malala” (2013), no qual a ativista conta a história de vida, dirigida a um público adolescente.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR