O Grupo Crédito Agrícola apresentou lucros de 127 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 103,6 milhões do que o registado em igual período de 2016, segundo um comunicado divulgado esta quinta-feira.

“Estes resultados denotam a forma de atuação do Grupo Crédito Agrícola, que se caracteriza por uma política de gestão sã e prudente”, lê-se no documento divulgado pelo banco liderado por Licínio Pina.

Os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários cresceram 6,8% para 12,1 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 776 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, avança o banco.

Em setembro, o rácio de transformação de depósitos em crédito líquido ascendia a 69,8%, o que significa que o Crédito Agrícola “continua bastante confortável com os seus níveis de liquidez”.

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Por sua vez, o rácio ‘Common Equity Tier 1’, que se fixou em 13,2%, “confirma a solvabilidade do Grupo”, acrescenta o banco.

A rentabilidade alcançada nos primeiros nove meses (mais 9,4% de ROE face ao período homólogo) “espelha os resultados positivos nas diferentes componentes do Grupo (Caixas Agrícolas, Caixa Central, companhias de seguros vida e não vida e gestão de activos e fundos de investimento), sendo de assinalar os contributos positivos de 6 milhões de euros da CA Vida, de 2,5 milhões de euros da CA Seguros e de 0,2 milhões de euros da CA Gest”.

Segundo o comunicado, a 30 de setembro de 2017, a carteira de crédito (bruto) ascendeu a 9,150 mil milhões de euros, mais 6,3% nos últimos 12 meses, “que contrasta com a descida de 3,3% registada pelo conjunto das instituições financeiras em Portugal para o mesmo período”.

Em termos de qualidade da carteira de crédito, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias em setembro situou-se nos 5,9% e o rácio de crédito em risco (segundo instrução 24/2012 do Banco de Portugal) fixou-se em 9%.

O Crédito Agrícola, único banco a operar em Portugal filiado no setor bancário cooperativo europeu, segundo se lê no comunicado, tem em Portugal 669 agências tendo, em termos líquidos, reduzido quatro agências nos últimos nove meses.