O ministro da Administração Interna assegurou esta quarta-feira que “tudo será apurado” em relação ao incidente de quarta-feira que culminou com a morte de uma mulher atingida por disparos efetuados pela PSP, durante uma perseguição policial em Lisboa.

“Aquilo que é fundamental é que haja uma resposta a uma situação decorrente de um número significativo de assaltos a ATM. A circunstância infeliz ontem [quarta-feira], verificada no quadro de uma perseguição, está neste momento a ser investigada pela Inspeção Geral da Administração Interna [IGAI], pelas autoridades judiciárias, pelo Ministério Público, no quadro das suas competências próprias, e tudo será apurado”, disse Eduardo Cabrita.

“Determinei de imediato a intervenção da IGAI e respeitaremos e teremos em atenção as conclusões, mas sabendo que é fundamental a mobilização de todas as forças de segurança, coordenadas numa resposta a fenómenos que têm atingido uma dimensão que exige uma resposta coordenada”, acrescentou o ministro, que falava aos jornalistas depois de acompanhar um exercício de segurança ferroviária em Coina, no distrito de Setúbal.

Eduardo Cabrita referiu ainda que o governo está a “reforçar os mecanismos de coordenação entre todas as forças e serviços de segurança relativamente à situação de incidentes em ATM”

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“Relativamente à circunstância concreta de ontem (quarta-feira), ela será inteiramente averiguada”, reiterou o ministro, referindo-se ao incidente de que resultou a morte de uma mulher.

A mulher morreu depois de a viatura em que seguia ter sido confundida com uma outra envolvida num assalto a uma caixa multibanco em Almada. Os assaltantes colocaram-se em fuga, levando as autoridades a iniciar uma perseguição, que atravessou a Ponte 25 de Abril e chegou à Rotunda do Relógio, junto ao aeroporto de Lisboa.

Em comunicado divulgado na quarta-feira, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) refere que, por volta das 03:35 do mesmo dia, na zona da Encarnação, Lisboa, foi detetada por elementos policiais “uma viatura que aparentava corresponder às características da viatura suspeita, cujo condutor desobedeceu à ordem de paragem”.

“Esta viatura, durante a fuga, tentou atropelar os polícias, que tiveram de afastar-se rapidamente para não serem atingidos e, em ato contínuo, os polícias foram obrigados a recorrer a armas de fogo. Mais à frente, a viatura voltou a desobedecer à ordem de paragem por outra equipa de polícias, tendo sido intercetada pouco tempo depois”, relata o comunicado.